Rosario Castellanos foi uma das mais importantes escritoras mexicanas do século XX e uma das mais influentes vozes feministas da América Latina. Nascida em Cidade do México em 1925, ela cresceu numa família de classe alta e, desde cedo, mostrou um grande interesse pela literatura e pelos problemas sociais e políticos da sua época. Castellanos estudou filosofia e letras na Universidade Nacional Autónoma do México e, em 1950, tornou-se a primeira mulher a fazer parte do corpo docente dessa instituição. Ela escreveu poesia, romances, contos e ensaios, todos eles marcados por uma forte preocupação com as questões de gênero, raça e etnia. Um dos temas recorrentes na obra de Castellanos é a discriminação contra os povos indígenas, que, segundo ela, são vítimas de uma violência estrutural que se manifesta em várias esferas da vida social. Em seu livro "Balún Canán", Castellanos narra a história de uma família de fazendeiros brancos que vive no Chiapas, uma região indígena do México, e mostra como a sua vida é afetada pela presença dos povos locais. Além da literatura, Castellanos também foi uma importante figura pública, tendo ocupado cargos políticos e diplomáticos. Ela foi embaixadora do México na Israel e na Inglaterra e fez parte do Conselho Nacional de Greves, uma organização que lutava pelos direitos dos trabalhadores no México. Infelizmente, a carreira de Rosario Castellanos foi interrompida de forma trágica em 1974, quando ela sofreu um acidente doméstico e morreu aos 49 anos. No entanto, a sua obra continua a inspirar gerações de leitoras e leitores em todo o mundo, sendo considerada uma das mais importantes vozes femininas na literatura latino-americana.
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